segunda-feira, 30 de abril de 2012


Orientação Dietética na Diabetes – Como Prevenir a Hipoglicemia?
Por: Dietista Rose Sousa

A Diabetes é uma síndrome produzida pela deficiência de actividade da insulina, e que resulta em prejuízos no metabolismo dos hidratos de carbono, proteínas, gorduras, água e electrólitos. A insulina é o hormona responsável pela utilização de glicose pelas células. Se há falta de insulina, a glicose não é aproveitada, e acumula-se no sangue, produzindo os sintomas da hiperglicemia.
A tríade dos sintomas mais importantes são: poliúria (urinar fequentemente), polidipsia (sede intensa) e polifagia (fome excessiva).
O excesso de glicose é eliminado pela urina, que carrega consigo grande quantidade de água, provocando a poliúria. Esta perda excessiva de água provoca sede intensa. O não uso de glicose (principal fonte de energia) faz o diabético perder peso, e para compensar ocorre fome excessiva.
Outros sintomas importantes são: dores nas pernas, piora a visão, couceira na pele, corrimento vaginal e cansaço fácil.
O organismo procura então outra fonte de energia que não a glicose, ou seja, a gordura. A metabolização de gorduras gera acumulo de acetona, que ao ser eliminado pela respiração provoca hálito cetônico e pela urina cetonúria.
O diagnóstico laboratorial é feito pela dosagem de glicose no sangue.
A Diabetes portanto, é uma doença na qual há muito açúcar no sangue. O tratamento diminui esta quantidade de açúcar, mas algumas vezes o efeito pode ser muito forte e o açúcar pode diminuir muito. Esta situação é chamada hipoglicemia: “hipo” para pouco; “glic” para glicose; “emia” para sangue. Portanto, hipoglicemia = pouca glicose (açúcar) no sangue. Esta situação deve ser evitada, pois é responsável por sinais e sintomas desagradáveis. Levando o diabético a sofrer acidentes por causa da hipoglicemia (em casa, no trabalho, no carro, etc). Estes acidentes acontecem durante a perda da concentração e da atenção, uma vez que o açúcar (glicose) interfere no funcionamento do cérebro.

Sinais e sintomas de hipoglicemia:
  • Súbito ataque de fome;
  • Súbita mudança de humor (irritabilidade);
  • Súbito cansaço;
  • Transpiração;
  • Visão turva;
  • Palidez
  • Dificuldade de concentração;
  • Palpitações;
  • Sonolência;
  • Batimentos cardíacos acelerados

O diabético convém verificar quais destes sinais e sintomas já apresentou quando teve hipoglicemia. Caso não saiba verificar, deve perguntar a seus familiares que sinais eles notaram e então tentar comparar com as descrições de cada um. Alguns diabéticos apresentam muito poucos sinais de hipoglicemia (por exemplo, pacientes idosos e pacientes que têm diabetes há muito tempo) mas podem apresentar mudanças súbitas de carácter ou podem parecer estarem bêbados.

Três factores podem levar à hipoglicemia:

1.      Comida: o diabético pode não ter comido o bastante.

·       Não ingeriu alimentos o bastante contendo hidratos de carbono (pão, batatas, arroz, massa, milho, frutas, etc).
·       Pulou uma refeição

2.      Medicação

    • Tomou os remédios mas não se alimentou. Embora a hipoglicemia seja menos frequente em indivíduos usando medicação oral (comprimidos) do que em indivíduos em uso de insulina, o perigo de hipoglicemia ainda existe. Se não for tratada logo, a hipoglicemia pode durar um longo tempo.
    • Se o diabético estiver a usar insulina, deverá comer hidratos de carbono e evitar pular refeições ou comer refeições que não contenham hidratos de carbono.

 
3.      Excesso de actividade física

    • O exercício diminui o açúcar no sangue porque os músculos “removem” o açúcar para o seu próprio uso.
    • A actividade física pouco habitual é frequentemente responsável por hipoglicemia, especialmente em pessoas que não estão acostumadas a ela.


Prevenção da hipoglicemia

  • NUNCA pular uma refeição
  • Comer hidratos de carbono em TODAS as refeições
  • Se faz exercícios, comer um lanche com 15 a 30g de hidratos de carbono imediatamente antes de começar e continuar a comê-los a cada hora se a actividade for intensa
  • SEMPRE levar açúcar na bolsa / bolso. Ter algum em mesa de cabeceira, no carro, mala de ginástica, em sacolas de compras e etc.

Tratamento da Hipoglicemia

·        Comer açúcar IMEDIATAMENTE
·        Comer 15g de açúcar
·        Mesmo na dúvida , comer açúcar.

Evitar hipoglicemia com 10 a 15g de açúcar/ hidratos de carbono, caso não tenha o açúcar ao natural

1 porção de fruta: 150g de pêra, banana
1 porção de leite: 200 ml de leite
½ porção de amido: 30g de pão ou arroz
30g de queijo
1 barra de cereal 1 concha de sorvete (gelado)
150 ml de sumo de frutas natural
150 ml de leite cachocolatado
1 i ogurte  natural ou com sabor
20g de biscoitos
30g de chocolate

Como tratar a hipoglicemia : 15g de glicose

4 cubos de açúcar ou 2 colheres de chá de doce ou 150ml de Coca-Cola ou sumo de frutas, tendo a atenção de não usar bebidas dietéticas.

KEFIR – UM ALIMENTO PROBIÓTICO OU FUNCIONAL?
Por Drª Rose Sousa

Quem nunca ouviu falar de umas bactérias tipo couve-flor ou cogumelos ou de uns fungos ou de uns grãos que fermentam o leite e produzem iogurtes naturais? Provavelmente sua avó ou amiga da sua tia meia hippie que fazia iogurtes caseiros com uma “flor”, já há muito tempo, utilizavam um valioso alimento nutricional: o Kefir.
Kefir palavra em turco que significa bênção e classificada por nós como “manjar dos deuses” é um produto alimentar (bebida) derivado do leite de excelente qualidade nutricional. Esta bebida é feita por bacilos e leveduras, conhecidos também como cogumelos / grãos que se alimentam do leite e produzem uma bebida de sabor ácido suave (agridoce), espumosa e de baixo teor alcoólico.
Este rico produto de origem caucasiana, é conhecido por habitantes do Tibete e da Turquia como um alimento que possui propriedades medicinais para tratar e prevenir diversas patologias: doenças das vias respiratórias, doenças oncológicas, dermatites (doenças da pele), doenças do aparelho digestivo, gastrites, inflamações crónicas dos intestinos, fígado, vesícula, doenças do aparelho urinário, diabetes, anemias, hipertensão, celulite, obesidade e etc.
Produto este, que tem ultimamente virado moda entre os naturalista e os lactovegetarianos.
Segundo relatos, os habitantes da Rússia Oriental, do Himalaia e do Cáucaso, bebem-no desde a nascença como se fosse água. E conjuntamente com uma alimentação equilibrada, sem excessos e abusos da alimentação ocidental, fazem dele uma refeição normal e atingem uma longevidade aproximadamente de 110 anos de idade.
De acordo com os seus disseminadores, o Kefir é um produto probiótico de leite fermentado saudável, semelhante ao yogurte, mas de sabor ligeiramente mais ativo. Enquanto os yogurtes normalmente contém só dois ou três tipos de bactérias, o Kefir contém mais de 32 tipos – uma variedade de micro-organismos amigável (leveduras benéficas) que normalizam a flora intestinal, prevenindo assim, todas as doenças relacionadas com a retenção de fezes no organismo, além de estimular o sistema imunológico no aumento da produção de interferon, controlando assim, a reação de vírus.
Pesquisas realizadas na Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), constatou que o Kefir apresenta uma resistência à manipulação caseira, isto é, mesmo sendo submetido a contaminação, tipo por coliformes fecais, o Kefir consegue em poucos dias de experimento estar novamente descontaminado. E devido ao seu complexo microbiano liberam antibióticos garantindo assim, o controlo da colónia.
O Kefir pode ser utilizado nas mais diversas formas na culinária. Podendo ser usado simplesmente como bebida energética, com cereais integrais, aveia, mel, pólen, adoçante dietético, açúcar mascavado, com sementes em geral (sésamo, linhaça, papoila, girassol e etc), com frutas frescas, com frutas secas, em batidos, em substituição de maionese no preparo de saladas e em outras formas culinárias conforme o gosto e criatividade de cada pessoa.     
Dependendo do tempo de fermentação, o Kefir pode promover diferentes reações nos intestinos. Apenas com 12 horas de fermentação, age como laxante intestinal, fermentado por 36 horas normaliza o intestino e com mais de 48 horas a fermentar no leite cura episódios diarreicos.
Mas segundo pesquisas realizadas na Universidade Federal de Viçosa (UFV), o kefir não é classificado como um alimento probiótico, e sim como um alimento funcional, porque os alimentos probióticos, produzem bactérias com ação na flora intestinal humana, como os lactobacilos do yakult, e o Kefir produz vitaminas que auxiliam no processo digestivo e na estruturação epitelial. E de acordo com as pesquisas realizadas, a bactéria do Kefir do leite acelera a cicatrização e reconstituição de pele. Na Rússia, o Kefir fermentado em leite é utilizado há anos no tratamento de queimados.
O que se pode cientificamente esclarecer é que o Kefir é um produto rico em vitaminas do complexo B. E que essas vitaminas participam da composição de enzimas transformando os alimentos em hidratos de carbono, gorduras e proteínas.
De acordo com pesquisas do Departamento de Alimentos da Faculdade Federal de Minas Gerais (UFMG), o valor terapêutico do Kefir está relacionado à aceleração da digestão dos alimentos, diminuindo o nível de colesterol sérico e beneficiando ainda o sistema vascular e respiratório.
O kefir feito com leite  magro apresenta a seguinte composição nutricional em 100g de bebida: Calorias - 38 Kcal; Proteínas - 3,45g; Carboidratos -  4,16g; Gorduras - 0,10g; Colesterol - 0 mg.
Seja como for, probiótico ou funcional, o Kefir é um alimento excelente pelo seu rico valor nutricional e pelos seus inúmeros predicatos já cientificamente comprovados no benefício à saúde humana.


domingo, 29 de abril de 2012


A Importância do Pequeno-Almoço
Por: Dietista Rose Gomes de Sousa

 O pequeno-almoço é uma refeição essencial que deve cumprir dois objetivos: aliviar o período noturno de jejum e proporcionar a energia para as actividades a realizar durante a manhã.

TOME SEMPRE O PEQUENO-ALMOÇO

O pequeno-almoço é uma refeição essencial que deve cumprir dois objetivos: aliviar o período noturno de jejum e proporcionar a energia para as actividades a realizar durante a manhã. A omissão do pequeno-almoço pode manifestar-se através de diversos sinais e sintomas, como: cansaço, perda de força, desfalecimento, visão turva, confusão mental, cefaleias, falta de concentração, irritabilidade e alterações de humor, enjoos, vómitos, tremores, problemas da articulação da fala e dificuldade de movimentos.
Quem não toma esta refeição e fica em jejum demasiadas horas leva o organismo a recorrer às reservas de glicogénio e das proteínas dos músculos, da pele e da matriz óssea, para manter os níveis habituais de energia.
O fato de não tomar o pequeno-almoço induz ao vulgar “petiscar” durante a manhã, na sua maioria alimentos calóricos, ricos em gorduras e/ou açúcares, como guloseimas, bolos, salgados, etc. Quando chega a hora do almoço, sente-se muita fome e a forma como escolhe a refeição será a menos racional. Além do mais, o organismo irá armazenar todas as calorias que ingerir. É fácil compreender, que estas práticas ao tornarem-se habituais predispõem para doenças como a diabetes e a obesidade.
Devido ao ritmo de vida que se leva no nosso dia-a-dia em sair à pressa de casa para estar a horas no emprego ou na escola, muitas pessoas tomam um pequeno-almoço, no café da esquina, constituído por um bolo e/ou um café mas, bastam 10 minutos para poder tomar o pequeno-almoço, com qualidade nutricional, em casa. É somente uma questão de organização pessoal e pôr o despertador para despertar 15 minutos antes do habitual.
Esta primeira refeição do dia deve fornecer cerca de 25% da energia total obtida da alimentação ao longo do dia.
Logo ao acordar deve beber um grande copo de água. O pequeno-almoço deverá ser completo, equilibrado e variado. Deve incluir bebidas ricas em vitaminas, e minerais, como leite, keffir, iogurtes ou bebidas de soja, de preferência sem adição de açúcar. Em vez de café, tente adicionar-lhes cevada, pois não contém cafeína e apresenta uma carga glicémica relativamente baixa devido a sua composição nutricional em fibra.
Sempre presentes devem estar os cereais, de preferência integrais, pois fornecem nutrientes importantes, fibra e são menos calóricos. E a escolha é vasta: pão de mistura, pão escuro (rico em fibras e com sementes), cereais integrais de pequeno-almoço (por exemplo, muesli (granola), papas de aveia, “corn flakes” sem açúcar, etc.).
Tente incorporar fruta fresca ou sumos naturais pois fornecem vitaminas e são antioxidantes. No que respeita às gorduras, a manteiga ou a margarina (magras de origem vegetal são as mais saudáveis para prevenir casos de excesso de peso, obesidade, colesterol e doenças cardiovasculares) fornecem ácidos gordos essenciais e vitaminas A, D e E. No caso de necessitar de um estimulante, beba um café ou um chá verde para ajudar a começar o dia.  
Deve incutir-se o hábito de tomar o pequeno-almoço desde muito cedo, visto que as crianças têm necessidades acrescidas, pois estão em fase de desenvolvimento físico e intelectual. Cabe aos pais dar o exemplo: um pequeno-almoço em família beneficia em muito a educação alimentar dos filhos. Os pais devem estar atentos aos produtos de pequeno-almoço e optar por produtos com pouco açúcar, sal e gordura. Os cereais açucarados (tipo das inúmeras marcas dos anúncios de televisão) não devem ser a regra ao pequeno-almoço e devem ser desabituados. O pão, em especial o integral, é uma fonte de cereais bem mais saudável.

 Sugestões Dietéticas Saudáveis para um Pequeno-almoço 

Para Crianças
  • 1 peça de fruta ou 1 copo de sumo de fruta natural
  • 3 a 4 colheres de sopa de cereais integrais (ex.: flocos de aveia macio) com 125ml de leite meio gordo com 1 colher de sobremesa de mel ou
  •  1 pão de mistura com 1 fatia de queijo ou manteiga vegetal com 1 copo de leite meio gordo

Para Adulto

  • 1 peça de fruta ou 1 copo de sumo de fruta natural
  • 1 pão de mistura ou pão escuro (com cereais) com 10g de manteiga/margarina vegetal ou 1 fatia de queijo magro (com baixo teor de gordura) ou compota Light
  • 200ml de leite magro com cevada

Para Executivos
 
·        1 peça de fruta ou um sumo de fruta natural
·        200ml de leite meio gordo com cevada ou 1 chá verde
·        1 a 2 galetes de arroz integral ou de milho com 15g de doce ou compota

Para Controlo de Peso

  • 1 copo de bebida de soja natural ou 1 iogurte líquido magro (sem açúcar) com pedaços de frutas ou 1 copo de Keffir
  • 3 colheres de sopa de flocos de aveia macio ou de cereais com fibras sem açúcar com 1 colher de sobremesa de sementes (linhaça, sésamo e papoila) e 1 colher de sobremesa de uvas passas
  • 1 Chávena de chá verde com adoçante ou sem adição de açúcar

Para Pequeno-almoço Rápido

1 bebida de soja plus 250ml (com palhinha) ou 1 pacotinho de leite meio gordo ou magro ou 1 sumo de fruta de  200ml (com palhinha)
1 barra de cereais

sábado, 28 de abril de 2012


OBESIDADE – UMA DOENÇA CRÓNICA, MULTIFACTORIAL E ALVO DE PRECONCEITO
Por Dietista Rose Sousa

A realidade mundial revela que, paradoxalmente, enquanto pessoas em diferentes faixas etárias sofrem por falta de alimentação, carecendo da disponibilidade de macro e micronutrientes, outras são vítimas do oposto e submetem-se a repetidas dietas desgastantes e caras, na tentativa de solucionar os estragos estéticos e fisiológicos causados pela superalimentação e a obesidade.
A obesidade pode ser reflexo da dificuldade que os homens ainda enfrentam de se alimentar para se sentirem melhor e mais saudáveis. Contudo, em se tratando de uma doença multifactorial, além dos factores nutricionais, os aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais, culturais, entre outros, actuam na origem e na manutenção da obesidade. 
O excesso da ingestão calórica relativo ao gasto representa a condição ideal para a deposição de gordura (lípidos) no tecido gorduroso, e não uma causa única do desequilíbrio do balanço energético presente na obesidade.
Por vezes, os termos sobrepeso e obesidade são utilizados como sinónimos.
Para esclarecer estes dois termos e evitar confusões, define-se obesidade como uma enfermidade crónica, que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura a um nível tal que a saúde do indivíduo esteja comprometida. Enquanto o termo sobrepeso, significa um aumento exclusivo de peso o termo obesidade representa o aumento da adiposidade corporal.
Além do excesso de gordura corporal, deve-se considerar ainda sua distribuição regional, uma vez que o excesso de gordura localizada na região abdominal é um factor de risco maior de doença que o excesso de gordura corporal em si.
Factores genéticos, endócrinos, neurológicos, psicológicos, ambientais, efeitos secundários da medicação, idade e gravidez podem desempenhar, em diferentes indivíduos, papéis importantes no estudo das causas e do desenvolvimento da obesidade.

  
Complicações metabólicas                                                Complicação anatómicas

  • Diabetes tipo 2                                                     Apneia obstrutiva do sono
  •  Colesterol elevado                                              Refluxo gastrintestinal
  • Triglicéridos elevados                                         Asma associada ao refluxo
  • Hipertensão                                                         Hérnias
  • Cálculos biliares                                                  Edema
  • Esteatose                                                              Insuficiência venosa
  • Gota                                                                     Coágulos nas pernas e pulmões
  • Apneia do sono                                                    Incontinência urinária
                                                                                        Infecções fúngicas da pele
                                                                                        Infecções bacterianas da pele
                                                                                       (celulite)
                                                                                        Doença vascular periférica
                                                                                        Úlceras da pele
      Complicações degenerativas
  • Artrite
  • Síncopes ou angina
  • Acidentes vascular cerebral (AVC)
  • Doença vascular periférica
  • Complicações da diabetes: lesões ao nível do nervo, doenças oculares, doenças renais, doenças vasculares.

Complicações psicológicas
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Bulimia

Cancros (complicações neoplásicas)
·        Do endométrio
·        Da mama
·        Dos ovários
·        Da  próstata
·        Do cólon
·        Adenocarcinoma esofágico

Por que ganhamos peso?

  • Factores ambientais

Os factores genéticos são as forças interiores que nos ajudam a ganhar peso e a conservá-lo, mas os factores ambientais são as forças exteriores que contribuem para esses problemas.
Englobam tudo o que, no nosso meio ambiente, nos levam a comer em demasia ou a fazer pouco actividade física. Os especialistas apontam os factores ambientais como os principais responsáveis pelo aumento da obesidade nos últimos anos.

  • Comer à pressa

O simples acto de comer muitas vezes com irregularidade e à pressa pode contribuir para a obesidade. Estudos neurológicos indicam que o relógio biológico do cérebro pode também ajudar a regular os sinais de fome e saciedade. Idealmente, estes sinais deviam manter constante o nosso peso. Deviam incitar-nos a comer quando a nossa gordura corporal cai abaixo de um certo nível ou quando precisamos de mais gorduras (durante a gravidez, por exemplo) e deviam dizer-nos quando nos sentimos satisfeitos.
As relações entre o relógio do cérebro e o centro de controlo do apetite no hipotálamo sugerem que a fome e a saciedade são afectadas por índices temporais.
Padrões irregulares de alimentação podem perturbar a eficácia destes índices de forma a promover a obesidade. Os factores ambientais que estimulam o excesso de alimentação podem “conspirar” com os factores genéticos para aumentar o ganho de peso. Pessoas com uma predisposição genética para o excesso de peso enfrentam agora uma oportunidade cada vez maior de desenvolver obesidade.

  • Factores psicológicos
Para quem se enche de bolos ou batatas fritas quando se sente ansioso ou triste, não é de surpreender que a dieta e o apetite estejam intimamente ligados ao bem-estar psicológico.
É comum se ouvir, que certas pessoas comem mais quando estão afectadas pela depressão ou por outras perturbações emocionais. Como o excesso de peso e a obesidade provocam com frequência estas perturbações psicológicas, cria-se um ciclo vicioso.
Os factores emocionais raramente são o único motivo para uma pessoa ter excesso de peso. Contudo, para quem tem uma predisposição genética para o obesidade e está exposto a factores ambientais que promovem a obesidade, os factores emocionais e psicológicos podem agravar a situação. Se repetidamente tentar perder peso e não o conseguir, ou se logra perder peso para logo depois o recuperar, a luta pode provocar frustração. Esta frustração agrava a ansiedade e a depressão.
Para agravar esta problemática da obesidade está o preconceito que as pessoas gordas enfrentam. Estudos mostram que as probabilidades de emprego são menores para os gordos do que para os magros e que, uma vez contratados, os gordos têm mais probabilidades de serem discriminados. Socialmente, os gordos são também evitados e muitos até têm dificuldade em criar amizades. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012


Mitos, tabus,
fantasias & incertezas
em alimentação e nutrição

A nutrição humana está em evolução.
A cada dia surgem novas informações e descobertas sobre efeitos benéficos dos nutrientes em humanos ou animais de laboratório.
Surgem também informações que dizem o contrário, relatando os efeitos
 prejudiciais desses mesmos nutrientes que antes eram benéficos.
O que a ciência tem a dizer sobre estas informações?
Por Rose Sousa, Dietista


Para quem quer emagrecer a opção verde é a ideal?
Cuidado! Alguns pratos vegetarianos contém muita gordura, sobretudo quando são elaborados com queijos, azeite, natas e são fritos.
Na dúvida, a carne vermelha pode ser mais aconselhável se a gordura visível for retirada.
O frango sem pele e o peixe se não forem cozinhados em muita gordura são uma boa escolha.
Tenha cuidado também com a comida chinesa. Quase todas as preparações são muito gordurosas. Em restaurante chinês opte por yakissoba de legumes, arroz chinês, carne desfiada com broto de bambu ou outros vegetais (brócolos).

Com os produtos “Magros” posso comer à vontade que não engordo!

Não. Muito cuidado com a versão “magra”! Por apresentarem menos gordura na sua composição (menos de 25% em relação ao produto original) há uma tendência de consumir mais, pois parece menos. Feito as contas, consumiu-se o mesmo em gorduras e calorias.   
Por exemplo: dois iogurtes light engordam tanto quanto um iogurte normal.

Manga com leite faz mal?

Que disparate! Claro que não faz mal algum. Está é mais uma, entre tantas outras, crenças e tabus que persistem até os dias de hoje desde a época da escravatura. Este tabu, foi criado pelos donos de escravos para impedi-los de roubarem as frutas do pé à noite, uma vez que a última refeição dos escravos era ingerida ou elaborada com leite. Da mesma forma, comer laranja com leite, sempre com uma ameaça vingativa embutida em seus dizeres: “Laranja de manhã é ouro, de tarde prata, de noite mata!”

Beber água à refeição faz engordar?

Falso. A água não faz engordar porque não fornece nenhuma energia mas, bebida em excesso durante a refeição, pode perturbar a digestão tornando-a mais lenta devido ao fato das enzimas digestivas se tornarem mais diluídas.
O que acontece é o seguinte: ao comer, o organismo quebra as moléculas dos alimentos para as digerir. Nesse processo digestivo, são primeiramente processados os carboidratos e as proteínas depois. Ao ingerir água (líquidos), interfere no trabalho digestivo e obriga o seu corpo a resolver primeiro o problema daquilo que bebeu.
Só depois passará aos alimentos. Mas isso não importa. O que engorda é o que come ou bebe e não o tempo que o seu organismo leva para processar a refeição.
Um copo de água não faz diferença, não irá causar perturbação digestiva alguma, mas pode-se e deve-se beber água antes das refeições por dois motivos: primeiro porque satisfaz a sede e segundo porque o impedirá de comer demais.
O que faz engordar como bebidas às refeições são: as bebidas açucaradas e as alcóolicas.

Para ajudar no emagrecimento os laxantes e diuréticos são bons aliados?   

Falso. Os laxantes e diuréticos só fazem perder água, e perder água não é emagrecer. Perder água é desidratar e enfraquecer o seu corpo. O nosso organismo é composto de aproximadamente 70% de água. Alterar esse equilíbrio orgânico, além de não emagrecer, é perigoso.

É possível viver apenas à base de saladas e grelhados?

Falso. Após dois ou três meses neste regime monótono, descobrirá que foi uma péssima opção de dieta alimentar. Emagreceu, mas não aprendeu a alimentar-se correctamente. Pior, um dia, tanta privação levá-lo-á a perder o controlo pela comida. Então, voltará a comer desenfreadamente e engordará novamente.
Apenas emagrece e se mantém magro quem aprende a comer aquilo que gosta nas quantidades certas.

Suco de beringela combate o colesterol?

Segundo estudos realizados na Unicamp  - Universidade de Campinas, em laboratórios com animais (coelhos), os resultados mostraram redução significativa no peso corpóreo, no colesterol total e nos triglicéridos dos animais.
Nos seres humanos, no entanto, não há ainda estudos que comprovem a ação do suco de beringela. Mas, os cientistas afirmam que os resultados da pesquisa permitem concluir que o suco pode representar um tratamento alternativo e de baixo custo para quem enfrenta problemas com o colesterol e o triglicéridos.



Dietas sem carboidratos é uma escolha saudável de emagrecimento?

As pessoas devem evitar fazer dietas baseadas no consumo de alimentos sem carboidratos. É que os carboidratos são a principal fonte de energia para o organismo, principalmente para os músculos e órgãos vitais como fígado e cérebro.
Este tipo de dieta não traz vantagem alguma para a pessoa. Pode sim, provocar vários prejuízos ao organismo. Os mais comuns são os problemas cardíacos, com o metabolismo das proteínas, oxidação em demasia das gorduras, além de distúrbios no sistema nervoso central.
Acredito que os profissionais que prescrevem este tipo de dieta devam estar amparados no fato de que a ausência de carboidratos leva a “queima” de gorduras. Porém, esta dieta não deve ser aplicada nem por curto período de tempo, pois ela é inviável no dia-a-dia de qualquer cidadão, uma vez que os carboidratos são alimentos altamente disponíveis na alimentação humana.  E como a natureza é perfeita, por alguma razão este nutriente se apresenta em maior quantidade na nossa ali

quinta-feira, 26 de abril de 2012


Para os desanimados com os resultados da balança, para aqueles que acham que perder só 2 Kg não é nada... aqui vai uma gordurosa demonstração de apenas de 2 Kg de gordura!
É gordura à bessa!!! Imagine só, quem perde  10 Kg! Uau, são apenas 5 barrinhas destas que se elimina do corpinho!

INTERAÇÃO ALIMENTOS-MEDICAMENTOS
Por Dietista Rose Sousa

CONSEQUÊNCIAS DIETÉTICAS ASSOCIADAS AO USO DE MEDICAMENTOS

Nós consumimos, em um dia comum, uma variedade de alimentos que lhe provêm importantes nutrientes e bem-estar. Contudo, também está presente nos alimentos uma ampla série de substâncias não nutritivas, incluindo constituintes naturais das plantas, pesticidas, herbicidas, contaminantes e naturalmente aditivos alimentares. Somando a isso, toma-se habitualmente uma quantidade de agentes terapêuticos para o tratamento de doenças variadas.
As consequências dietéticas associadas com o uso de agentes farmacológicos são muitas. As drogas podem influenciar na absorção de nutrientes, seu metabolismo ou sua excreção. A interacção entre drogas e nutrientes é um evento que ocorre quando se produz um desequilíbrio de nutrientes por acção de um medicamento, ou quando um efeito farmacológico é alterado pela ingestão de nutrientes ou pelo estado nutricional do indivíduo.
O impacto das substâncias nutricionais e ambientais nos projectos básicos da disposição de drogas ou nutrientes é complexo e difícil de predizer. Embora, até o presente, muitas
dessas alterações não sejam clinicamente significativas, as evidências sugerem que a nutrição é um importante determinante da eficácia dos medicamentos.

DROGAS QUE INDUZEM ALTERAÇÕES EM NUTRIENTES – Efeitos das drogas na absorção

LAXANTES – Uma grande variedade de nutrientes pode-se perder em razão do uso ou abuso deles, porque induzem ao aumento acelerado da actividade motora do intestino –
Hiperperistalse (aumento de defecção) ou prendem os nutrientes lipossolúveis.
Se você é um indivíduo que se automedica com laxantes para resolver sua obstipação intestinal deve estar informado quanto aos riscos potenciais de desenvolver dependência a esses, da importância da dieta, da ingestão de líquidos e de outros factores que podem aliviar sua obstipação.

IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS DE ALGUMAS DROGAS - (EFEITOS GASTROINTESTINAIS ADVESRSOS E OUTRAS REACÇÕES)

LAXANTES ( óleo mineral – vaselina, fenolftaleína e outros laxantes)

  • Vómitos
  • Contracções intestinais / Flatulências
  • Diarreia
  • Indigestão
  • Náuseas
  • Perda de água e electrólitos
  • Hipocaliemia (em uso prolongado) – Diminuição da concentração de potássio no sangue, abaixo dos limites normais (menos de 160 mg ou de 4 mEq por litro)
  • Má-absorção de caroteno, vitaminas A, D, e, K, Cálcio e Fósforo, perda de sabor e odor (no frio), consistência desagradável
  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • A fenolftaleína pode ser excretada no leite materno.

Sugestões Dietéticas (laxantes)

Tomar o laxante com o estômago cheio, com 250 ml de água em seguida e 1 hora depois de tomar leite. O leite pode dissolver a camada entérica e provocar irritação , e é excretada gástrica.

Recomendações Dietéticas (laxantes)

Tomar posteriormente 6 a 8 copos de líquido por dia. É importante aumentar a ingestão de fluidos e o exercício físico para a regulação intestinal adequada. O uso prolongado e grandes doses de laxantes podem provocar a perda de nutrientes, água e electrólitos, e dependência `a droga para o funcionamento intestinal. A perda desses nutrientes poderão influenciar no aspecto saudável da pele, unhas e cabelo.

ANTIINFLAMATÓRIOS (Sulfasalizina, Colchicina – agente antiinflamatório e para o tratamento da gota)

  • Diarreia
  • Dor gástrica
  • Náusea
  • Vómitos
  • Dores abdominais
  • Entorpece a absorção de folacina. Perda de apetite no leite materno (Sulfasalizina)
  • Má absorção de sódio, potássio, gorduras, caroteno e vitamina B12 dado que se altera a função da mucosa intestinal
  • Diminui a actividade de lactase – enzima que degrada o açúcar do leite


Sugestões Dietéticas (antiinflamatórios)

No caso da Sulfasalizina tomá-lo com 250 ml de água antes ou depois das refeições ou com algum alimento para minimizar a irritação gástrica.
Com a Colchicina tomá-lo apenas com água, imediatamente antes ou depois das refeições para evitar irritação gástrica.

Recomendações Dietéticas (antiinflamatório)

Colchicina – usar com esta droga sais alcalinos, alimentos e bebidas pobres em purinas
(pães brancos, pão de milho, bolachas, cereais e subprodutos, frutas, gelatinas, açúcar e doces, bebidas gliocarbonatadas, leite, chás e etc) bebidas não alcóolicas e aumentar a ingestão de líquidos (mais de 2.000 ml/dia). Se estiver com excesso de peso recomenda-se uma redução gradual de peso.

Sulfasalizina – Assegurar a ingestão adequada de líquido para manter um mínimo de 1.200 a 1.500 ml/dia de urina diária.
Aumentar o consumo de alimentos ricos em folacina (ácido fólico): fígado, feijão e vegetais frescos de cor verde-escuro (espinafres, aspargos, brócolos, agrião), carne bovina magra, batatas, laranja e pão de trigo integral.

Sugestões de Terapia Nutricional para Náuseas e Vómitos:

  • Fazer uma dieta fracionada , ou seja aumentar o número de refeições durante o dia (no mínimo 6 refeições diárias);
  • Fazer refeições de pequeno volume;
  • Aumentar o consumo de alimentos ou de preparações em temperaturas frias e geladas (se tolerado);
  • Diminuir o consumo de alimentos com alto teor de gordura;
  • Não deitar após a refeição;
  • Diminuir os temperos;
  • Aumentar as preparações secas (principalmente na primeira refeição).

Sugestões de terapia Nutricional para Diarreias:

  • Aumentar a ingestão de líquidos – água, chá preto açucarado, suco de maçã coado com gotas de limão, bebidas de soja, leite All 110 (Nestlé), leite Zimyl (Parmalat), leite Presidént (sem lactose), Leite Mimosa (fácil digestão)
  • Diminuir fibras insolúveis (hortaliças em geral, frutas: Kiwi, morango, ameixas secas, tomate e etc)
  • Aumentar fibras solúveis (maça cozida ou assada, arroz cozido com goma, gelatinas, bananas, papas de nestum de arroz ou de maizena feita com leite sem lactose, canja de galinha, sopas com base de cenoura, abóbora e chuchu.
Confecções simples: cozidos, assados e grelhado

CUIDE DA SUA SAÚDE AMANDO O SEU CORAÇÃO!
Recomendações Dietéticas Saudáveis
Por Dietista Rose Sousa

Por Amor Reduza o Colesterol

Colesterol
É uma gordura fabricada no organismo e presente em alguns alimentos. O colesterol é encontrado principalmente em alimentos de origem animal.
O excesso de colesterol pode se acumular nas artérias e provocar seu entupimento, processo chamado aterosclerose, grande responsável pelo infarto e pelo derrame cerebal.
O processo de obstrução do vaso sanguíneo, se inicia e progride de forma semelhante ao que ocorre com canos de água e esgoto, que acumulam progressivamente sujeira em suas paredes e acabam entupindo por completo.

♥ Exames - um bom caminho

A partir dos 30 anos é importante dosar os níveis de colesterol no sangue, repetindo o exame de acordo com a orientação médica.

♥ HDL/LDL – Bem-me-quer, mau-me-quer

A associação do colesterol com certas proteínas, pode assumir três formas: VLDL (very low density ou densidade muita baixa), LDL (low density ou baixa densidade) e HDL (higt density ou alta densidade).
É sabido que as HDL retiram o colesterol das células e facilitam a sua eliminação do organismo, por isso é chamado de BOM colesterol. As LDL fazem o inverso: ajudam o colesterol a entrar nas células, favorecendo o acumulo nas artérias sob a forma de placas de gordura. Daí ser chamado também de MAU colesterol.

Dieta

Prefira verduras e carnes magras, principalmente peixes e aves sem pele. Para cozinhar, use óleo vegetal (soja, girassol, milho ou de oliva). Prefira leite e queijos magros; a margarina vegetal é melhor que a manteiga. Evite comer mais de três gemas de ovo por semana; bolos, pudins, cremes, e maionese também têm ovo! Faça menos frituras e não reutilize o óleo. Coma pouco fígado, miúdos e frutos do mar.

A escolha saudável para o seu coração:
                                         Dietas baixas em colesterol
                                         Dietas baixas em triglicéridos

Para obter os nutrientes que você precisa, é necessário comer uma certa variedade de alimentos. A melhor maneira é escolher alimentos de diferentes tipos. Defina com seu dietista ou com o seu médico quais são os seus objectivos e ajuste os alimentos e as quantidades ideais.

ALIMENTOS -  Carnes, aves, peixes
MELHOR ESCOLHA – Carnes sem gordura, aves sem pele (frango e perú) e peixes.
VÁ DEVAGAR – Peixes de água doce  
EVITE – Carnes gordurosas, pato, caça, ganso, fígado, rins, bacon, embutidos, frutos do mar e conservas de peixe em óleo.

ALIMENTOS -  Matinais (Pequeno-Almoço)
MELHOR ESCOLHA – Leite desnatado (magro), margarinas “light”, iogurte desnatado (magro), queijo fresco magro, queijos com menos de 10% de gordura, aveia, frutas e pão integral.
VÁ DEVAGAR – Leite semi-desnatado (meio-gordo), muzzarella, queijo provolone, creme de leite, pão branco, biscoitos e bolachas.
EVITE – Leite integral (gordo), manteiga, achocolatados, queijos gordurosos (mais de 40% de gordura), bolachas recheadas e bolos.

ALIMENTOS -  Ovos
MELHOR ESCOLHA – Somente a clara.
VÁ DEVAGAR – Gema (não mais do que três por semana)
EVITE – todos os produtos de pastelaria à base de ovos: lampréia de ovos, cabelo de anjo (fios de ovos), pastéis de Belém, doces de Aveiro, ovos mole, ovos mexidos, omeletas, tortilhas e etc.

ALIMENTOS  -  Gorduras e óleos
MELHOR ESCOLHA – Azeite de oliva, canola, girassol, algodão, soja, margarina “light” com alto teor de ácidos gordos poliinsaturados.
VÁ DEVAGAR – Ao temperar as saladas, o ideal é pôr o azeite em um pulverizador tipo spray para não cometer exageros.  
EVITE – Manteiga, banha, nata, óleo de côco, óleo de amendoim, toucinho e bacon.

ALIMENTOS  -  Pães, cereais, massas e batatas
MELHOR ESCOLHA – Pão preto ou integral os que são ricos em sementes ou em fibras, pães sírios ou Pita, pães sem miolo (baguete), biscoito cream crackers, bolachas tipo Maria torrada, macarrão integral, arroz integral, feijão e batatas confeccionadas com gorduras “permitidas”.
VÁ DEVAGAR – Biscoito, pão de milho, pão de queijo, broas e panquecas.  
EVITE – Croisantes, biscoitos doces, macarrão com ovos e molho com queijo, creme de leite, batatas fritas e batatas assadas no forno com gorduras “proibidas”.

ALIMENTOS  -  Frutas e vegetais
MELHOR ESCOLHA – Frescos, quando em conserva sem açúcar ou desidratados.
VÁ DEVAGAR – saladas de frutas feita com caldas.  
EVITE – Côco, abacate, castanhas, uvas, figos, azeitona e conservas de vegetais em óleo.

ALIMENTOS  -  Bebidas
MELHOR ESCOLHA –Água, sumos de frutas naturais, limonada sem açúcar ou com adoçante, sumos de legumes, café e chá sem açúcar ou com substitutos de açúcar.
VÁ DEVAGAR – Ice tea e bebidas tipo “light” com redução de calorias.
EVITE – Bebidas açucaradas e bebidas alcoólicas.

Soja e Isoflavonas
Perspectivas Dietoterápicas
Por Dietista Rose Sousa

A soja, leguminosa cultivada há séculos por povos asiáticos, notadamente os chineses, surge como importante nutriente em meados do primeiro milénio DC.
Somente no século XVIII pesquisadores europeus iniciam estudos do feijão de soja, como fonte de óleo e nutriente animal.
Nos relatos históricos observamos a utilização do feijão da soja como lastro em navios americanos de volta aos Estados Unidos.
Gradativamente, grupos religiosos, adventistas e outros segmentos protestantes, baseados em análises do valor biológico da proteína de soja, disseminam a utilização dessa leguminosa no cardápio diário de importante parcela da população.
Actualmente o Japão consome quase que a metade da produção mundial de soja. O cultivo da soja representa importante actividade económica nos Estados Unidos, cinquenta por cento da produção mundial, dos quinze por cento são exportados para o Japão. No Brasil encontramos cerca de trinta por cento da produção mundial, seguido pela Argentina com dez por cento e demais países da América do Sul e África.
Sua evolução constitui registro inicial a utilização do preparado doméstico do “queijo de soja” e do “molho de soja”, mundialmente conhecidos como “tofu e shoyo”
Actualmente, o feijão de soja, manipulado e processado em escala industrial, pode ser integralmente utilizado em nutrição como bebida de soja, fortificante proteico, óleo de soja, farinha de soja desengordurada ou não - esta possui grande participação proteica na indústria alimentícia, notadamente na panificação e no preparo de alimentos liofilizados. 
A proteína isolada de soja pode ser extraída do grão de soja por processos químicos ou mecânicos. Envolve o uso de temperatura, maceração e utilização de água ou álcool.
Na literatura encontram-se inúmeros trabalhos analisando as características químicas do isolado proteico de soja relacionando-as à forma de extracção proteica. Existe
evidências clínicas que a extracção aquosa preserva as isoflavonas.

Mas afinal o que são Isoflavonas?

O termo isoflavonas é uma palavra que nos leva a pensar será animal ou vegetal?
É um medicamento? É de comer? Faz bem para à saúde?
Perante tantas perguntas, procuremos algumas respostas.

Em primeiro lugar, começamos por dizer que as isoflavonas são substâncias vegetais. Normalmente são designadas por fitoestrógenos. Fito é um elemento grego de composição de palavras que exprime a ideia de planta ou vegetal. Estrogênio é o hormônio sexual feminino. Se somarmos os dois termos, e respectivos significados, o resultado será algo parecido com “hormônio sexual feminino de origem vegetal”.
As isoflavonas são substâncias vegetais que, apesar da sua origem conseguem desempenhar no corpo humano uma actividade semelhante à do estrogênio. Por esse motivo, são utilizadas cada vez mais para regular o equilíbrio hormonal da mulher. Neste contexto, a menopausa é talvez o melhor exemplo e o campo de aplicação das isoflavonas mais frequente.
As isoflavonas podem encontrar-se em diversos alimentos, no entanto a “fonte” mais ricas de isoflavonas é a soja. Existem outras plantas não comestíveis (por exemplo, o trevo vermelho) que são utilizadas na extracção de isoflavonas para posterior incorporação em suplementos alimentares.
A soja contém diversos tipos de isoflavonas, sendo as mais importantes e benéficas para a saúde a genisteína, gliciteína e a daidzeína que possuem efeito estrogênico.
Os efeitos relacionados a essa característica hormónio-like seria observado na maior captação hepática do LDL – colesterol, incremento na elasticidade arterial e melhora do tonus vasomotor arterial.
A actuação da soja na prevenção das neoplasias reside, segundo inúmeras publicações científicas, na actuação das isoflavonas. Nos fitoestrogenos dos vegetais estaria a  relação protectora à patologias neoplásicas, a actuação no ciclo menstrual, celularidade uterina e vaginal explica a baixa prevalência de  câncer ginecológico em populações em consumo aumentado de soja.
A prevalência da osteoporose torna-se, nos dias de hoje, importante actuação em acções de saúde. Dentre as proteínas consumidas na alimentação humana, residiria na proteína de soja um dos menores efeitos relacionados à excreção urinária de cálcio. Paralela a esse protector à osteoporose, existe ainda à acção das isoflavonas da soja na inibição da reabsorção óssea.

De forma mais ou menos sumária, poderemos então dizer que os benefícios para a saúde decorrentes do consumo de isoflavonas de soja são:
  • Alívio dos sintomas associados à menopausa;
  • Redução do risco de doenças cardiovasculares;
  • Protecção contra os problemas da próstata;
  • Estrutura óssea;
  • Acção anti-tumoral e anti-cancarígena.

…Existe ainda um longo caminho a percorrer até que a ciência esclareça tudo acerca das isoflavonas, no entanto com tantos benefícios já comprovados, vale a pena enriquecer a nossa dieta com isoflavonas!